Na prática, pudemos verificar que tanto as escolas materialistas como as escolas espiritualistas estão completamente engarrafadas no dogma da evolução.
As modernas opiniões sobre a origem do homem e sua pretérita evolução são, no fundo, pura sofistaria barata, não resistem a um estudo crítico profundo.
Apesar de todas as teorias de Darwin, aceitas como artigo de fé cega por Karl Marx e seu tão cacarejado Materialismo Dialético, nada sabem os cientistas modernos sobre a origem do homem, nada lhes consta, nada experimentaram de forma direta e carecem de provas específicas, concretas, exatas, sobre a evolução humana.
Pelo contrário, se tomarmos a humanidade histórica, ou seja, a dos últimos vinte mil ou trinta mil anos antes de Cristo, achamos provas exatas, sinais inconfundíveis de um tipo superior de homem, incompreensível para as pessoas modernas e cuja presença pode ser demonstrada por múltiplos testemunhos, velhos hieróglifos, antiquíssimas pirâmides, exóticos monólitos, misteriosos papiros e diversos monumentos antigos.
Quanto ao homem pré-histórico, essas estranhas criaturas de aspecto tão parecido com o animal intelectual e, no entanto, tão distintas, tão diferentes, tão misteriosas, e cujos ossos ilustres acham-se escondidos profundamente, às vezes, em jazidas arcaicas do período glacial ou pré-glacial, nada sabem os cientistas modernos, de forma exata e por experiência direta.
A Ciência Gnóstica ensina que o animal racional, tal como o conhecemos, não é um ser perfeito, não é ainda homem, no sentido completo da palavra. A natureza desenvolve-o até certo ponto e logo o abandona, deixando-o em completa liberdade para prosseguir seu desenvolvimento ou perder todas as suas possibilidades e degenerar-se.
As Leis da Evolução e da Involução são o eixo mecânico de toda a Natureza e nada têm a ver com a Autorrealização Íntima do Ser.
Dentro do animal intelectual existem tremendas possibilidades que podem desenvolver-se ou perder-se, não é uma lei que estas se desenvolvam. A mecânica evolutiva não pode desenvolvê-las. O desenvolvimento de tais possibilidades latentes só é possível em condições bem definidas, e isto exige tremendos superesforços individuais e uma ajuda eficiente por parte daqueles professores que já fizeram no passado esse trabalho.
Quem quiser desenvolver todas as suas possibilidades latentes para se converter em homem, deve entrar no caminho da Revolução da Consciência.
O animal intelectual é o grão, a semente. Dessa semente pode nascer a Árvore da Vida, o homem verdadeiro, aquele “homem” que Diógenes esteve buscando com uma lâmpada acesa pelas ruas de Atenas, ao meio-dia, e que, lamentavelmente, não pôde encontrar.
Não é uma lei que este grão, que esta semente tão especial, possa desenvolver-se; o normal, o natural, é que se perca.
O homem verdadeiro é tão distinto do animal intelectual como o raio é da nuvem. Se o grão não morre, a semente não germina. É necessário, é urgente que morra o Ego, o Eu, o Mim Mesmo, para que nasça o homem.
Os professores e professoras de escolas, colégios e universidades, devem ensinar aos seus alunos o caminho da Ética Revolucionária. Só assim, é possível conseguir a morte do Ego.
Fazendo ênfase, podemos afirmar que a Revolução da Consciência não somente é rara neste mundo, mas que, cada vez, torna-se mais e mais rara.
A Revolução da Consciência tem três fatores perfeitamente definidos: Primeiro, Morrer; segundo, Nascer; terceiro, Sacrifício pela Humanidade. (A ordem dos fatores não altera o produto).
Morrer é questão de ética revolucionária e dissolução do Eu psicológico.
Nascer é questão de transmutação sexual. Este assunto corresponde à sexologia transcendental. Quem quiser estudar este tema, deve nos escrever e conhecer nossos livros gnósticos.
Sacrifício pela humanidade é caridade universal consciente.
Se nós não desejarmos a Revolução da Consciência, se não fizermos tremendos superesforços para desenvolver essas possibilidades latentes que nos levam à Autorrealização Íntima, é claro que essas possibilidades não se desenvolverão jamais.
São muito raros os que se autorrealizam, os que se salvam, e nisso não existe injustiça alguma Por que o pobre animal intelectual haveria de ter o que não deseja?
É necessário uma mudança radical, total e definitiva, mas nem todos os seres querem essa mudança, não a desejam, não a sabem. São informados e não entendem, não compreendem, não lhes interessa. Por que se haveria de lhes dar à força o que não querem?
A verdade é que, antes do indivíduo adquirir novas faculdades ou novos poderes que não conhece nem remotamente e que ainda não possui, deve adquirir faculdades e poderes que equivocadamente acredita ter, mas, na realidade, não tem.
Educação Fundamental – Capítulo XXXIII – “Evolução, involução, revolução”
Samael Aun Weor